Os Riscos do Diabetes

Fev 27, 2019 | Saúde

Os riscos do Diabetes são muitos. Pessoas que não produzem insulina suficiente e/ou com resistência insulínica podem sofrer com excesso de glicose no sangue. Isso leva a um acúmulo de radicais livres, que “atacam” as membranas das células de forma mais intensa do que o organismo pode controlar.

Esse processo provoca diversos efeitos inflamatórios e oxidativos no organismo, especialmente nos vasos sanguíneos e sistema nervoso periférico. Formigamento, dormência, câimbras e dores nos membros, mãos, pés e dedos são alguns dos sintomas.

“Nos diabéticos, o processo inflamatório pode fazer com que as extremidades dos vasos sanguíneos fiquem inflamadas, estreitas e até mesmo obstruídas por placas de gordura. Isso prejudica a irrigação das extremidades, como dedos, mãos e pés. A diminuição de sangue e o acúmulo de glicose favorecem a proliferação de bactérias e fungos. Assim, as feridas podem surgir e serem muito difíceis de curar” – Dra. Natasha Reis Lozovey Simoneti (CRM 17030 /RQE 13729), Médica Endocrinologista.

Por esse motivo, a amputação costuma ser um dos principais riscos do diabetes em casos graves. Lesões nos olhos e rins também. Em excesso, o açúcar no sangue também tende a ser convertido em triglicerídeos e provocar o acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática) e entre os demais órgãos (gordura visceral).

Sintomas e Diagnóstico do Diabetes

Como vimos no texto “O que é o Diabetes”, os riscos do diabetes tipo 1 em crianças costumam ser bastante graves. Os sintomas vão de diarréia, dificuldade de ganhar peso até o coma. Elas são diagnosticadas geralmente pelo médico pediatra – ou durante os períodos de hospitalização. Já pessoas adultas, que desenvolvem o Diabetes Tipo 2, costumam apresentar desconfortos progressivos, como:

  • Boca seca e aumento da sede;
  • Visão turva;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Cansaço frequente;
  • Emagrecimento repentino;
  • Infecções recorrentes;
  • Formigamentos;
  • Feridas que custam a cicatrizar.

Nesses casos, é comum que o paciente seja diagnosticado a partir de um check up ou de exames de sangue.

“Para evitar os riscos do Diabetes, o diagnóstico precoce é fundamental. Ele é feito a partir de 2 exames de sangue em dias diferentes, com resultados de glicose de jejum acima de 125. Exames de sangue sem jejum, mas com resultados de glicose acima de 200 e sintomas associados também diagnosticam o Diabetes. Assim como a hemoglobina glicada acima de 6,4 em duas aferições” – Dra. Natasha Reis Lozovey Simoneti (CRM 17030 /RQE 13729), Médica Endocrinologista.

Tratamento

O tratamento do Diabetes costuma envolver o uso de medicamentos antidiabéticos, que ajudam a diminuir as taxas de glicose no sangue. Nos casos mais graves, como no Diabetes Tipo 1, em que o pâncreas já não produz mais o hormônio, a reposição de insulina é fundamental.

Além disso, tanto no Diabetes tipo 1 quanto no Diabetes Tipo 2, os pacientes devem seguir uma dieta especial, com o devido controle na ingestão de carboidratos e gorduras. A realização de exercícios físicos também é fundamental para estimular a produção de hormônio pelo pâncreas, para a redução dos processos inflamatórios que levam à resistência insulínica e para o combate às doenças associadas como aterosclerose, obesidade e hipertensão – que aumentam os riscos do diabetes.

Nos próximos textos, nós iremos detalhar a importância do exercício físico e da alimentação saudável para os pacientes com Diabetes. Confira estas e outras informações sobre saúde no Blog da Clínica Cardiosport.

Sobre a autora:

Dra. Natasha Reis Lozovey Simoneti (CRM 17030 /RQE 13729) é Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Médica Endocrinologista da Clínica Cardiosport. Graduou-se em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Fez Residência Médica de Clínica Médica no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt (2011 – 2013) e Residência Médica de Endocrinologia e Metabologia no Hospital Federal da Lagoa (2014-2016).